AMADOR CYSNEIROS DO AMARAL

Ordem de apresentação: 10
Exposição: ATUACAO DO MINISTERIO PUBLICO MILITAR NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

“Da 2ª Auditoria foi afastado o promotor Amador Cysneiros do Amaral que chegou a ir à Itália, sendo evacuado para o Brasil com pouco mais de um mês de campanha. Sobre sua destituição, poderia o autor do presente trabalho [Bento Costa Lima Leite de Albuquerque], testemunha ocular dos fatos que a determinaram, dizer muita cousa. Fiel, porém, ao princípio a que se obrigou de não fugir aos documentos consultados para a realização do documentário sobre o serviço de Justiça da FEB, limita-se a transcrever a resposta dada pelo exmo. sr. marechal Mascarenhas de Moraes ao ofício que lhe foi dirigido pelo então coronel Augusto da Cunha Magessi Pereira e que se encontra nos autos da ação originária nº 10, no Arquivo do Superior Tribunal Militar:

‘I – respondendo vosso ofício de referência sobre o motivo do afastamento do sr. promotor Amador Cysneiros do Amaral das funções que exercia junto à Força Expedicionária Brasileira na Itália e seu regresso ao Brasil, informo:
A – De fato, afastei das funções da FEB o senhor promotor Amador Cysneiros do Amaral e determinei seu regresso ao Brasil.
B – Que, agora, passados sete anos, não posso precisar, de memória, os motivos que me levaram a esse ato.
C – Que, no arquivo da FEB, ou no gabinete do sr. ministro de guerra, deve haver qualquer nota ou documento que esclareça o lamentável acontecimento ocorrido num dos últimos dias de outubro ou primeiros dias de novembro de 1944’. (Ofício de 4 de setembro de 1952).

Com o regresso ao Brasil, passou a representar o Ministério Público junto à 2ª Auditoria o capitão promotor dr. Clovis Bevilaqua Sobrinho que, designado para substituir o promotor Amador, não chegou contudo a seguir para o front. O promotor Clovis Bevilaqua, aliás falecido este ano como Auditor na 3ª R.M., abrindo uma lacuna dificilmente preenchível na magistratura militar, entrou em exercício a 26 de outubro de 1945, funcionando até a dissolução da Justiça Militar Expedicionária”. (ALBUQUERQUE, 1994, p. [45]-46, com adaptações).

Trecho do dossiê funcional de Amador Cysneiros do Amaral, de 1944 e 1945